O maior equívoco das marcas é tentar agradar a todos e se mostrar disponível a tudo. A vida e o mercado mostram que é muito melhor ter a coragem de escolher do que se colocar no lugar de escolhido.

Quer um exemplo? Se você é um arquiteto minimalista, que acredita no ambiente limpo e nos traços puros, fechar um projeto com pessoas que têm expectativas diferentes do seu modelo de trabalho certamente irá ferir a sua essência e a probabilidade de haver insatisfação entre ambas as partes é grande.

É claro que a casa é do cliente, sendo assim o gosto também é dele, mas não é bem essa a questão. Não me refiro aos gostos e ideias superficiais que podem - e em muitos casos até devem - ser discutidas e avaliadas amplamente no dia a dia. Eu falo da importância de escutar a si mesmo, conhecer seus limites e construir a sua marca registrada para trabalhar com mais felicidade.

O nome disso é posicionamento. Posicionar-se também é abrir mão. É uma escolha que pode não parecer viável financeiramente a curto prazo, mas levará mais longe ao longo dos anos. Algumas portas podem se fechar, mas abrem-se novas janelas - quase que magicamente surgem projetos e pessoas que comungam das mesmas crenças e objetivos que os seus.

Se neste momento você ainda acha necessário fazer tudo, a minha dica é: siga em frente, mas deixe para apresentar à sociedade apenas os trabalhos que sente real prazer em assinar, posicionando a sua marca a partir do que faz sentido para você.

Além disso, pense na jornada do cliente: como ele elege um profissional? Como você elege um profissional? A verdade é que precisa haver sinergia, gostos compartilhados e valores também.

Grandes marcas e profissionais valorizam a própria essência. Eles se escutam e se respeitam.

Como você quer se posicionar?
Olhe para dentro!