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Conheça o poejo

Marilua Feitoza Onde: Curitiba • 28 de Janeiro - 2021 |

A planta há séculos trata problemas respiratórios e digestivos

Hoje eu vim aqui falar de uma plantinha linda, delicada, muito aromática e de sabor incrível: o poejo (Mentha pulegium), conhecido também popularmente como menta-selvagem, mini-menta, poejo-das-hortas, poejo-real. O poejo lembra o jardim da avó, biodiverso, repleto de plantas medicinais e muito perfumado. É uma erva aromática que considero indispensável para quem tem crianças em casa e deseja cuidar da saúde dos pequenos de forma natural e segura.

 

Tem origem na Europa, nos países Mediterrâneos. É amplamente cultivada no Brasil, uma planta fácil de encontrar em casas de jardinagem. Algo muito interessante para contar, é que desde a Antiguidade os povos antigos utilizavam o poejo como repelente de insetos, em especial, contra as pulgas, por isso o termo pulegium, que deriva da palavra latina pulex (pulga). Um ramo de poejo esfregado na pele é muito útil contra picadas de mosquitos, pulgas, piolhos e carrapatos. Uma boa dica é colocar raminhos sobre a cama dos animais ou tecer coleiras com as suas fibras.

 

A fama do poejo correu o mundo há séculos, assim como a propagação da planta, cultivada em hortas no mundo todo. Sua capacidade de tratar problemas respiratórios e digestivos, impressiona. Eu uso o poejo aqui em casa com as crianças e tenho ótimos resultados. Faz parte da minha farmácia viva.

 

Quando as minhas filhas estão com tosse, catarro, dor de barriga, nariz escorrendo, é uma das primeiras plantas que eu recorro – pode ser utilizada fresca ou desidratada – se você puder plantar o poejo em casa, melhor, pois a planta medicinal colhida na hora, fresca, tem as propriedades medicinais mais preservadas do que aquela que passou por processo de secagem. Basta iniciar um tratamento natural com infusão, xarope e banhos terapêuticos morninhos (antes de dormir), que a melhora é imediata!

 

Além de medicinal, o poejo é utilizado na culinária como condimento, um coringa na cozinha. Vai muito bem para temperar peixes, entre eles o bacalhau; caldos, massas, sobremesas, licores, maioneses, doces, tira-gostos e saladas.

 

Descrição botânica
Erva rasteira, muito perfumada, atinge até 50 cm de altura, folhas opostas, ovais, miúdas e delicadas. As flores são róseas ou violáceas, que se agrupam em pompons, acima da metade dos ramos. É uma menta de aroma mais intenso. Vai muito bem em canteiros e vasos ensolarados e de meia-sombra.

 

Indicações e utilização resumida
Afecções digestivas, estimula as funções gástricas, combate cólicas e gases intestinais. Vermífugo. Afecções da boca: feridas, candidíase, aftas. Tosses; como expectorante e protetor das mucosas. Estimulante em banhos terapêuticos.

 

Uso pediátrico
Afecções respiratórias, gases, dor de barriga, cólica.

 

Contraindicações
O seu uso não é recomendado durante a gestação.

 

Toxicologia
Possui efeitos tóxicos em altas doses. Cuidado com o óleo essencial, pode ser tóxico devido à alta concentração.

 

Encerro esse artigo, agradecendo. Sendo grata a toda a abundância do Reino Vegetal e todas suas infinitas possibilidades de cura. Agradeço por ter uma farmácia viva em casa. E dela, tratar de forma natural e gentil a mim mesma e toda minha família.

Um forte abraço!

Marilua Feitoza

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