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Vamos ficar em casa

Onde: Curitiba • 28 de Maio - 2019 | Fotos Nenad Radovanovic

Super integrado e cem por cento utilizado, o apartamento duplex projetado por Luiz Maganhoto e Daniel Casagrande em parceria com Grey House Iluminação, potencializa o convívio familiar e incentiva tardes preguiçosas em casa

Viver confortavelmente, utilizando somente o necessário, aproveitando mais os momentos em família. Essa forma de pensar pode não parecer digna de nota, mas demarca um momento importante na história da arquitetura mundial. O simple living vem ganhando cada vez mais adeptos pelo mundo através de movimentos surgidos em diversos países. Na Dinamarca, o hygge – palavra que significa bem-estar – prega um estilo de vida confortável, que valoriza espaços de convívio harmoniosos. O “tiny house movement”, iniciado nos EUA após a crise imobiliária, incentiva a moradia de até 46 m². A metragem quadrada reduzida obriga os moradores a armazenar em casa apenas aquilo que realmente precisam, evitando o desperdício e o consumo excessivo. No projeto de interiores deste apartamento de cobertura, desenvolvido para um casal com filhos adolescentes pelo arquiteto Luiz Maganhoto e pelo designer Daniel Casagrande, do escritório Maganhoto e Casagrande.

Arquitetura, a vontade de aumentar a convivência dentro de casa norteou todo o conceito: “Eles moravam em um apartamento de metragem quadrada muito maior, porém raramente se viam porque os espaços não eram nada integrados. Cada um ficava no seu canto e isso diminuía muito a convivência familiar”, comentam os profissionais.

A solução veio com a decisão da família de se mudar para um imóvel menor que comportasse a criação de espaços sociais integrados. O apartamento de cobertura duplex com 300m², no bairro Água Verde, em Curitiba, foi o escolhido. “Recebemos o apartamento diretamente da construtora, sem nada. Uma verdadeira tela em branco”, comentam Luiz e Daniel.

No canto de leitura integrado ao home office e ao quarto do casal, a poltrona Charles Eames é iluminada pelo refletor de coluna e pelo trilho de spots, ambos da Grey House. O aparador Dean em aço e couro croco ganha cor com o arranjo de Gloriosas (Agapanthus) e a gravura do artista plástico Paulo Calazans

O projeto priorizou a utilização de todos os espaços do apartamento. Para tanto, duas das três varandas foram fechadas. Uma se transformou em espaço gourmet com churrasqueira – o piso foi nivelado ao da sala de jantar para maior integração - e a outra, no andar superior, virou home office com cantinho de leitura e mesas de estudo.

O andar inferior abriga a área social do apartamento: sala de estar, sala de jantar, varanda gourmet, home theater, cozinha e uma pequena adega. Toda a área recebeu piso de porcelanato e móveis dentro da paleta de cores neutras, puxadas para as tonalidades amadeiradas, para um maior conforto visual. Os pontos de cor ficam por conta dos objetos decorativos e gravuras com mais personalidade, do artista renomado Eduardo Sued.

No piso de cima, o aconchegante home office ganhou piso de madeira sucupira, luminárias de mesa cinza e cobre, da Mantra, disponíveis na Grey House

No andar de cima, que abriga três suítes e uma pequena sala de TV, a proposta cromática acolhedora se acentua. As paredes e o piso foram revestidos com madeira maciça amendoim. Materiais suaves ao toque, como linho, veludo e couro, também predominam no espaço: “Queríamos dar essa sensação de aconchego, de ninho, com atmosfera de hotel, para que eles curtam ainda mais ficar em casa”, afirmam os profissionais.

Sobre a mesa de jantar em resina com pés de acrílico, uma composição com os premiados pendentes Lignea, de madeira curvada, em diferentes tamanhos, todos da Grey House

A iluminação foi um dos elementos principais do projeto. Desde o premiado pendente da sala de jantar até os spots dos banheiros, todas as luminárias foram garimpadas na Grey House e milimetricamente especificadas para potencializar a sensação de conforto. Luiz e Daniel explicam que dentro do mesmo ambiente pode haver espaços que demandam tipos diferentes de iluminação: “No home theater, por exemplo, você precisa de um tipo de luz para ver TV e outro tipo de luz para ler”. No banheiro da menina, os profissionais usaram um combo de luz fria e quente: “A mescla entre a luz fria e quente cria a iluminação perfeita para maquiar-se”, afirmam.

A automação integral do apartamento foi um pedido especial do morador, aficionado por tecnologia.
Além da iluminação, que ganha cenários diferentes com um simples toque no smartphone, o arcondicionado, as persianas, o aquecimento de piso, som e imagem podem ser contr olados à distância pelo celular, inclusive um sistema CFTV.

A varanda do piso superior deu lugar ao sofisticado home office, com iluminação por trilhos de LED (Grey House). As persianas Luxaflex são automatizadas e podem ser recolhidas ao simples toque no celular

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