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Arquitetura

Skyline do Futuro

Onde: • 06 de Dezembro - 2024 |

Os principais lançamentos de prédios e como eles estão desenhando a nova paisagem de Curitiba e Balneário Camboriú

A paisagem urbana está em constante transformação, e Curitiba e Balneário Camboriú se destacam como cenários de grandes inovações arquitetônicas. Nesta matéria, apresentamos os lançamentos que estão redefinindo o skyline das cidades, trazendo conceitos que aliam design, sustentabilidade e funcionalidade.

 

Entre os destaques, uma torre impressionante com estrutura em torção que parece ganhar vida própria; um edifício visionário com pegada de carbono zero, projetado para o futuro do planeta; um conceito de casa-térrea integrado à verticalidade de um condomínio; e um centro de inovação que combina tecnologia e colaboração em cada detalhe.

 

Prepare-se para conhecer os projetos que são verdadeiras obras-primas e redefinem o jeito de morar, trabalhar e viver nas cidades do amanhã.

 

 

 

DESIGN AUDACIOSO


Localizado no Centro de Balneário Camboriú, próximo à orla, o empreendimento Auris Residenze propõe um novo olhar à região com uma arquitetura viva e um prédio-árvore, integrando a natureza com a cidade, diferente dos tradicionais arranha-céus. A obra é assinada pelo arquiteto Marco Casamonti, do escritório italiano Archea Associati, que marca sua estreia em edifícios residenciais no Brasil, com viés sustentável. Segundo a incorporadora Fischer Group, responsável pelo projeto, as obras iniciarão em março de 2025, com previsão de término em 2029.

 

"O conceito do projeto é criar uma reaproximação, tanto simbólica quanto literal, à natureza, criando um edifício que seja quase um organismo vivo, transformando a paisagem da cidade repleta de edifícios padronizados e propondo uma reflexão", explica o arquiteto. Com uma fachada estratégica, ao mesmo tempo em que se aproveita a luz natural, se cria um sombreamento aos apartamentos que permite a temperatura perfeita aos seus moradores.

 

Os recursos tecnológicos implementados no empreendimento estão previstos para reduzir significativamente o uso de ar-condicionado em até 42% e o consumo de energia em 26%. Além disso, os sistemas "well living" irão proporcionar água filtrada de alta qualidade, detectar níveis de CO2 e renovar e purificar o ar para os moradores. O reaproveitamento de águas cinzas e pluviais também contribuirá para a redução do uso de água em até 52%.

 

“Um dos maiores desafios técnicos foi conceber um sistema estrutural que garantisse tanto a torção da estrutura, a resistência aos fortes ventos e a presença da piscina no topo do prédio”, comenta Casamonti sobre a idealização do Auris Residenze. A estrutura da torre em forma de torção, ou “twist”, como chamam os arquitetos, trouxe a tarefa de encontrar um sistema estrutural que harmonizasse a torção da fachada leste com a resistência aos fortes ventos e a piscina da cobertura. A solução adotada não apenas assegurou a segurança da estrutura, mas também garantiu a permanência do conceito arquitetônico do edifício, para transformá-lo em um marco icônico na paisagem de Balneário Camboriú. Assim, o twist é uma declaração audaciosa de design que se destaca e encanta.

 

 

 

PEGADA DE CARBONO E PRESERVAÇÃO


A SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental), participou da viabilização do primeiro edifício residencial a compensar emissões por sua obra no Brasil, que vai ser entregue no início do segundo semestre de 2024.

 

O Árten, desenvolvido pelas incorporadoras HIEX e ALTMA, está localizado na região do Juvevê Curitiba (PR) e contém 32 unidades. O prédio incorporou diversas soluções para redução de gases do efeito estufa durante e após a construção. O saldo de emissões da obra, calculado em 2.640 toneladas de CO2, já está sendo compensado, por meio da manutenção dos estoques de carbono de uma área de Mata Atlântica, localizada em Antonina, no litoral do Paraná, na Reserva Ambiental das Águas, uma das três Reservas Ambientais de propriedade da SPVS.

 

Junto com as demais - a Reserva Natural Guaricica, em Antonina, e a Reserva Natural do Papagaio-de-cara-roxa, em Guaraqueçaba - as reservas somam mais de 19 mil hectares de Mata Atlântica, e foram adquiridas pela SPVS no início dos anos 2000. Até hoje, desde então, vivem processos de restauração e enriquecimento florestal, além de outras atividades de manejo que garantem a sua proteção.

 

Considerando as estratégias de redução do impacto ambiental do Árten, o saldo da obra, calculado com o uso da metodologia confiável e validada por terceira parte, ficou em 2.640 toneladas de dióxido de carbono.

 

A metodologia usada pela SPVS para compensação de emissões e escolhida para o Árten está embasada no conceito de “produção de natureza”, que considera que ecossistemas completos são capazes de gerar cada vez mais serviços ecossistêmicos, garantir e incrementar o estoque de carbono já presente em ambientes florestais. “As áreas naturais bem conservadas funcionam como uma grande ‘fábrica produtora de natureza’, sendo capazes de produzir e ofertar, à toda sociedade e formas de vida, as melhores condições para a manutenção da vida na Terra”, explica o diretor-executivo da SPVS, Clóvis Borges.

 

Para isso, são desenvolvidas atividades de manejo de alta qualidade nas áreas protegidas, que são precificadas pelo Método de Valoração Ambiental de Custo Evitado, chegando a um valor médio por hectare necessário para sua execução. “Avaliamos quanto se deve gastar para que os recursos naturais se mantenham inalterados tanto em qualidade como em quantidade, evitando, assim, qualquer dano ao ambiente e preservando a biodiversidade presente no local”, detalha a analista de processos ambientais da SPVS, Natasha Choinski, responsável pelos projetos de compensação da SPVS. (Informações de Claudia Guadagnin, assessora de imprensa da SPVS)

 

 

 

APARTAMENTO QUE PARECE UMA CASA


O Ícaro Casa-Térrea, empreendimento da AG7, será construído no Ecoville, região de Curitiba, Paraná, com um conceito de casa: modelo de unidade habitacional dentro de um prédio, que imita as características de uma residência tradicional, mas está integrada a um condomínio vertical. Essa tendência busca oferecer a experiência de morar em uma casa, combinando conforto, privacidade e elementos de design específicos, enquanto mantém as vantagens de estar em um edifício. O empreendimento da AG7 terá apenas 38 unidades de 500 a 1,4 mil m², distribuídas em quatro torres de seis pavimentos, em um terreno de mais 20 mil m². Os moradores terão, à sua disposição, um bosque privativo de 9 mil m² e um lago ornamental, fora outras diversas possibilidades de áreas comuns e serviços de bem-estar totalmente personalizados. O início das obras do empreendimento está previsto para o primeiro semestre de 2025.

 

De acordo com Alfredo Gulin Neto, CEO da AG7, o Ícaro Casa-Térrea representa um marco na história de Curitiba, pois é um projeto desenvolvido em prol da longevidade e da preservação do equilíbrio entre corpo e mente. “Não há empreendimento urbano no Brasil com essa proporção de bem-estar, amplitude de espaço, qualidade de vida e conforto. É um novo conceito de moradia, uma verdadeira blue zone”, afirma.

 

O executivo ainda explica que o nome Ícaro remete à expertise da AG7 em quebrar paradigmas da arquitetura, como o premiado Ícaro Jardins do Graciosa, para dar lugar a novas concepções. “Ícaro significa colocar em prática formas de projetar e construir bem-estar, com arquitetura brasileira de ponta e design com propósito e que desperta os sentidos”, enfatiza.

 

 

 

CENTRO DE INOVAÇÃO


O escritório Ricardo Amaral Arquitetos Associados foi selecionado pela Audi do Brasil para desenvolver o projeto da Fábrica de Ideias, um centro voltado para inovação, tecnologia e economia criativa, que será construído no bairro Rebouças, em Curitiba. O projeto integra o programa Paraná Competitivo e prevê um investimento de R$ 300 milhões para a construção completa da obra. A iniciativa é uma referência em inovação na América Latina e ocupará o espaço onde funcionava a antiga fábrica da Ambev.

 

A Fábrica de Ideias será um polo para empresas de tecnologia, startups, centros de pesquisa e instituições governamentais, além de abrigar espaços para aceleração de negócios, economia criativa, qualificação profissional, pesquisa tecnológica e coworking. O espaço também prevê um novo centro cultural e gastronômico.

 

A primeira etapa do projeto, que envolve o Retrofit do espaço existente, está prevista para começar no início de 2025. O imóvel, localizado na superquadra entre as avenidas Getúlio Vargas e Iguaçu, será revitalizado com um conceito autossustentável e ecológico. O terreno possui mais de 50 mil metros quadrados, com 34 mil metros de área construída.

 

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