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Décor

Plantas dentro de casa

Onde: Curitiba • 04 de Janeiro - 2021 | Fotos Henrique Ribeiro

Confira dicas de profissionais para criar sua própria "urban jungle"

Cada vez mais as plantas conquistam espaço nos ambientes e inspirações de décor. Hoje, mais do que nunca, a relação com a natureza vem sendo retomada e valorizada em espaços diversos, não estando mais restrita apenas às residências com quintal. Mesmo em apartamentos - grandes ou de pequenas metragens - o prazer de conviver e cultivar plantas pode se fazer presente na vida dos moradores: a questão está em decidir pelas espécies ideais e saber inseri-las no décor. Essa conexão entre a arquitetura de interiores e as espécies de plantas deu origem à tendência "urban jungle": termo que, na tradução literal, significa "floresta urbana". "Na prática, nosso trabalho consiste em incluir plantas e elementos ligados à natureza dentro dos ambientes", afirma a arquiteta Flávia Nobre, do escritório Meet Arquitetura.

Acima: na varanda gourmet projetada pela dupla do Meet Arquitetura, a bancada contou com uma estrutura específica para o prazer de ter uma hortinha em casa (e à mão do morador-cozinheiro). Outras espécies de plantas contribuem para decorar e trazer os benefícios do contato com a natureza. | Foto: Henrique Ribeiro

Todavia, muito além da contribuição estética que as plantas trazem para a decoração, essa disposição de tê-las e cuidar vem de encontro ao anseio de apreciar o belo (muitas vezes não tão acessível nas grandes cidades) e colorir os ambientes para auxiliar a saúde física e mental dos moradores. "Cientificamente é comprovado que a presença de plantas naturais promove bem-estar  e, de certa forma, também recorda a nossa brasilidade", diz Roberta Saes, também do Meet Arquitetura.

A transformação que a natureza provoca na arquitetura de interiores pode acontecer de várias maneiras. Além de contar com uma grande variedade, graças à rica flora brasileira, a inclusão de plantas no décor pode ocorrer também por diversos meios, utilizando vasos, prateleiras, caixotes, tijolos e uma diversidade de materiais. Com esta ampla gama de possibilidades, os profissionais conseguem produzir ambientes com uma única espécie, combinações de plantas, jardins verticais e, até mesmo, hortinhas com temperos. 

ONDE COLOCAR AS PLANTAS EM CASA?

Acima: Na varanda do apartamento, o jardim vertical investiu em um painel de MDF para compor o Urban Jungle com diferentes tipos de samambaias combinadas com hera inglesa | Foto: Henrique Ribeiro

Como a maioria das plantas necessitam de boa iluminação e ventilação a localização dos jardins verticais ou até mesmo pequenos vasos de plantas precisa ser calculada  com cuidado. "Nas conversas com nossos clientes sempre indicamos iniciar o acervo em áreas como varandas e salas de jantar e estar, de preferência próximos de janelas, que propiciarão ventilação e luz natural ", pontua Flávia. A profissional destaca, ainda, que sabendo dosar é possível contar com as plantas inclusive em banheiros e dormitórios.


ESPÉCIES DE PLANTAS

Nem todas as plantas se desenvolvem bem dentro de casa ou com pouca exposição ao sol. Antes de trazê-las para os ambientes é preciso buscar informações sobre as características e melhores condições para o desenvolvimento de cada espécie. Segundo Roberta, ela e sua sócia Flávia sempre apostam em espécies que exigem cuidados mais simples e que aceitam bem a iluminação indireta. Entre as opções, estão as samambaias, costela-de-adão, barba de serpente e jiboia. "São perfeitas para a elaboração do jardim vertical", pontua a designer de interiores.



Acima: O flat integrado conta com um jardim vertical entre a cozinha, área do bar e a sala de estar. As profissionais optaram por plantas preservadas como samambaias, barba de serpente e ripsális, que exigem poucos cuidados | Foto: Henrique Ribeiro

CUIDADOS

Em linhas gerais, a rega costuma ser um processo simples, mas é justamente nessa questão que os iniciantes acumulam a maior parte das dúvidas. Como cada planta conta com atributos e propriedades específicas de absorção - o que resulta em demandas diferenciadas para molhá-las -, a premissa básica é verificar, com a ponta dos dedos, se a terra está úmida ou seca. "Esse é um termômetro que podemos usar como referência. Mas eu ainda diria que, quem recebeu uma planta em casa precisa conhecer um pouquinho mais. Pesquisas na internet e vídeos no YouTube contribuem para o aprendizado do morador que, por sua vez, terá uma convivência amistosa e a satisfação de ver as espécies se desenvolvendo", recomenda Flávia.


Além de molhar com regularidade, outra dica interessante é dar uma outra utilidade ao secador de cabelos: com o modo frio, a cada 15 dias, seu uso por toda extensão da folhagem ajuda a retirar a poluição acumulada. Para os projetos,  criatividade e cautela são a tônica: "Sempre recomendamos começar aos poucos. Muitas vezes o cliente nos procura com a empolgação de contar com muitas espécies distribuídas pela casa. Mas sempre dizemos que essa relação começa por um aprendizado, passo a passo", finaliza Roberta.

 

 

 

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