Nascida em meio à revolução digital e à globalização, a Geração Z (1995–2010) está redefinindo o mercado imobiliário e a forma como se pensa os interiores. De acordo com a Brain Inteligência Estratégica, esse grupo já representa 46% dos que buscam imóveis no Brasil, e sua visão sobre o morar rompe com modelos tradicionais.

 

Funcionalidade e flexibilidade se sobrepõem à ideia de posse. Alugar em vez de comprar é a regra: uma pesquisa da Agência Today mostra que 80% dos jovens entre 25 e 39 anos preferem a locação, muitas vezes em formatos menos burocráticos e mais práticos, como moradias por assinatura e colivings.

 

Como são os espaços

Os imóveis mais desejados têm localização estratégica, próximos a transporte, serviços e vida urbana. Internamente, chegam mobiliados, conectados e com serviços inclusos — internet, limpeza e manutenção são vistos como parte da experiência. As áreas comuns deixam de ser apenas amenidades e ganham função central, reunindo coworkings, academias, salas de jogos e espaços de convivência que estimulam tanto a produtividade quanto o senso de comunidade.

 

A decoração segue a mesma lógica. Praticidade e multifuncionalidade são palavras-chave: móveis modulares, soluções inteligentes de armazenamento, integração de ambientes e uso intenso da tecnologia. A estética é minimalista, mas carregada de significados. Essa geração busca ambientes que transmitam identidade, sejam instagramáveis e ao mesmo tempo confortáveis.

 

Valores e estilo de vida

Mais do que estética, o que define a casa da Geração Z são os valores. Segundo pesquisa da Deloitte, 64% estariam dispostos a pagar mais por produtos e serviços sustentáveis. Isso se traduz na valorização de imóveis alinhados a princípios ESG, com certificações ambientais, uso de energia renovável, iluminação natural, áreas verdes e integração com o entorno urbano.

 

O tempo é outro ativo central: a rotina precisa ser otimizada. Espaços compactos, mas bem resolvidos, que liberam horas para experiências, convivência e mobilidade, fazem mais sentido do que metros quadrados a mais. O lar não é mais sinônimo de isolamento, mas de rede de conexões — tanto digitais quanto presenciais.

 

A moradia da Geração Z reflete uma mudança estrutural: mobilidade, agilidade e propósito substituem a lógica da posse e da permanência. O resultado é uma casa que traduz estilo de vida, consciência ambiental e desejo de pertencimento. Uma transformação que não é passageira: é a base de um novo modo de morar.

 

Em Curitiba, já existem empreendimentos que traduzem essa nova forma de morar.

 

Berlin Coliving (Água Verde)

Inaugurado em 2023, o prédio oferece studios compactos entre 23 e 40 m², todos com banheiro e, em algumas tipologias, vaga de garagem. As áreas comuns incluem salão de festas, churrasqueira, lavanderia coletiva, coworking, sala de jogos e espaço verde. É um edifício pensado para o convívio e a praticidade, onde o senso de comunidade é tão importante quanto a privacidade.

 

Morá Refúgio Urbano (Centro)

Localizado na Rua André de Barros, 513, o Morá aposta no conceito de studios e apartamentos compactos que unem conveniência e estilo. Além da localização estratégica, o empreendimento conta com áreas compartilhadas como coworking, espaços de convivência e lavanderia coletiva — soluções que dialogam diretamente com o estilo de vida urbano e conectado da Geração Z. O projeto é da Gadens Incorporadora e Construtora, com entrega prevista para outubro de 2025.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 *As imagens do Morá são meramente ilustrativas. Mais informações em: https://www.gadens.com.br/empreendimento/mora/