Dicas para escolher o melhor modelo de lareira
Onde: Curitiba • 14 de Julho - 2020 | Fotos Créditos nas fotosArquitetos explicam as diferenças entre os modelos disponíveis e compartilham inspirações de ambientes perfeitos para o inverno
O inverno chegou e as temperaturas nas regiões Sul e Sudeste já caíram para valer. Principalmente nas noites mais frias, mantas e roupas quentes nem sempre são suficientes para manter os ambientes confortáveis: é nessa hora que a lareira vira sonho de consumo e surgem dúvidas sobre quais modelos são mais adequados a cada necessidade.
Os arquitetos Isabella Nalon e Bruno Moraes, em conjunto com os escritórios Dantas & Passos Arquitetura, Andrade Mello Arquitetura, Korman Arquitetos e Cristiane Schiavoni Arquitetura, prepararam um dossiê completo que permite identificar o melhor modelo para cada residência. Afinal, a função da lareira vai muito além de aquecer: “Costumo dizer que a função dela é semelhante a uma mesa de jantar, pois reúne família ao seu redor para bater papo, tomar um vinho ou simplesmente conviver”, destaca Bruno Moraes.
De modo geral, a instalação de todos os modelos pode observar a altura de 40 cm de distância do piso. Esta medida geralmente garante que a chama esteja em uma posição confortável para a visualização pelos moradores. O tamanho do nicho, porém, pode variar de acordo com o tipo de lareira escolhida: para o modelo à lenha o indicado é de 45 cm, enquanto as versões ecológicas e a gás exigem entre 60 e 70 cm de altura. Acompanhe as informações de cada modelo:
Lareira clássica
No projeto assinado por Ieda Korman, do escritório Korman Arquitetos, a lareira tradicional já existia na planta original. Após a reforma, a sala de estar ganhou um nicho com específico para guardar lenha e a lareira virou o destaque do décor graças a esculturas de madeira lado a lado.
Abastecida à lenha, a lareira tradicional exige mão de obra especializada e a instalação de uma chaminé ou duto de exaustão para a fumaça. Por isso, este modelo geralmente é construído junto com o imóvel e previsto desde o projeto inicial, já que a instalação posterior demanda grandes reformas e alterações na estrutura do ambiente. O mercado ainda oferece modelos pré-fabricados de alvenaria, metal ou concreto. “A lenha leva os clientes para esse lado de uma memória afetiva, pois é inegável o prazer de perceber a chama e o barulho dos estalos característicos da queima da lenha”, revela a arquiteta Isabella Nalon.
Quanto à estrutura, a parte interna deve ser composta por plaquetas de tijolo refratário e a parte externa revestida com o material da preferência do morador. Em projetos onde o duto é escondido convém utilizar materiais resistentes às altas temperaturas e bons isolantes térmicos, como o gesso rosa e a lã de rocha. “Sem contar toda essa estrutura descrita, o projeto precisa de espaço. Em geral, é mais comum prever a construção em casas, pois é raro encontrar prédios que disponibilizam infraestrutura para a saída de dutos de ar”, diz Bruno Moraes.
No modelo clássico, além das limitações estruturais, a desvantagem está na produção de resíduos, odor, fuligem e queima rápida da lenha, exigindo reabastecimento frequente. Além disso, não é considerada ecologicamente correta devido à necessidade de consumo constante de madeira.
Lareira a álcool (ou lareira ecológica)
Opção perfeita para quem mora em apartamentos (ou não quer empreender grandes reformas) este modelo pode ser encaixado em diferentes superfícies, como madeira ou pedra natural. Por não fazer fumaça nem expelir odor ou fuligem, a escolha simplifica o processo porque não exige a instalação de chaminés ou tubulações específicas. Abastecida com álcool especial, o tamanho é determinado em função do ambiente, sempre conforme orientação profissional.
A arquiteta Isabella Nalon explica que a lareira ecológica pode ser instalada em diferentes superfícies como pedra natural, madeira ou porcelanato: “Para equacionar o aquecimento em cima da lareira, geralmente especifico uma pedra natural ou um tijolo refratário recuado para não correr o risco de superaquecer”.
Esse tipo de lareira é mais versátil e pode ser instalado em vários locais, desde uma mesa de centro na sala de estar, até em um dormitório ou área externa. “O modelo vai bem em diferentes espaços e tem grande durabilidade e usabilidade. Também gosto muito da flexibilidade, pois é possível transportá-la de um ambiente para o outro”, elogia Bruno Moraes.
Lareira a gás
O modelo a gás também dispensa dutos e chaminés, porém exige cuidados de instalação e tubulação de gás que cumpra as normas de segurança e ventilação. Apesar da obra ou reforma indispensável para o funcionamento da lareira a gás, este modelo apresenta a vantagem de dispensar o reabastecimento frequente da lenha ou do álcool. Alguns modelos podem ser acionados até por controle remoto, garantindo a criação de um ambiente aconchegante de forma praticamente imediata. “Com todos os cuidados, é só abrir o registro”, afirma o arquiteto Bruno.
Lareira elétrica
Similar a um aquecedor, a lareira elétrica produz calor para aquecer o ambiente e simula o fogo por meio de efeitos de luz. De fácil instalação e acionamento, traz uma desvantagem: o alto consumo de energia elétrica, que pesa no bolso. Esta opção é indicada para usuários que não fazem tanta questão da funcionalidade e estão em busca de um efeito cenográfico interessante: alguns modelos permitem até mesmo alterar a cor das chamas, garantindo o máximo impacto visual.
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