Iniciar uma coleção de arte pode parecer um universo distante, reservado a especialistas ou grandes investidores. Mas a verdade é que colecionar arte é uma jornada pessoal, acessível e enriquecedora — seja com obras valiosas ou produções mais acessíveis. Com sensibilidade, curiosidade e um pouco de informação, é possível formar uma coleção autêntica e significativa.

Confira o passo a passo para começar com segurança e personalidade:

1. Descobrir o que emociona
O primeiro passo é observar com atenção: que tipo de arte causa impacto? Pinturas, fotografias, esculturas? Cores vibrantes ou tons neutros? Obras figurativas ou abstratas? Visitar exposições, galerias, feiras e até acompanhar artistas nas redes sociais pode ajudar a despertar o olhar e formar preferências.

2. Começar com intenção, sem pressa
Não é preciso fazer grandes investimentos no início. O ideal é adquirir obras que tragam identificação — mesmo que sejam de artistas emergentes ou em formatos menores. O importante é que cada peça comunique algo especial e combine com o estilo da casa.

3. Pesquisar o artista e a obra
Vale a pena conhecer mais sobre o autor da obra: sua trajetória, influências, técnica e conceito. Isso contribui para valorizar o significado da peça e formar uma coleção com história. Muitos artistas ainda não estão nas grandes galerias, mas já apresentam propostas consistentes e promissoras.

4. Verificar autenticidade e procedência
Ao adquirir uma obra original, especialmente quando envolve maior valor, é essencial exigir certificados de autenticidade, nota fiscal e documentação completa. Comprar diretamente de artistas ou por meio de galerias reconhecidas é sempre mais seguro.

5. Estabelecer um orçamento claro
Ter um limite de investimento ajuda a fazer escolhas mais conscientes. Existem boas opções por preços acessíveis em feiras, salões de arte e leilões online. O mais importante é lembrar que uma boa coleção se constrói aos poucos.

6. Criar uma curadoria pessoal
Uma coleção de arte reflete personalidade. Pode-se seguir um tema (arte urbana, arte feita por mulheres, arte brasileira), um estilo (abstrato, moderno, minimalista), ou simplesmente selecionar obras que emocionem. Ter coerência visual ou conceitual é o que fortalece a identidade do conjunto.

7. Cuidar das obras com carinho
Evitar exposição direta ao sol, umidade ou variações bruscas de temperatura é fundamental. O uso de molduras adequadas e proteção UV também ajuda na preservação. Cuidar bem das peças é parte do processo de valorização.

8. Participar do universo da arte
Frequentar eventos, conversar com artistas, acompanhar galerias e instituições fortalece o repertório e torna a jornada de colecionador ainda mais prazerosa. Com o tempo, as escolhas se tornam mais confiantes e a relação com a arte, mais profunda.