O Bife Wellington é um dos pratos mais icônicos da gastronomia britânica. Surgiu no século XIX e teria recebido esse nome em homenagem a Arthur Wellesley, o primeiro Duque de Wellington.

Tradicionalmente, o prato leva filé mignon envolto em patê de foie gras, cogumelos e massa folhada, formando camadas que, ao serem assadas, combinam texturas e concentram sabor. É uma receita que exige atenção em cada etapa, mas que encanta justamente pelo resultado sofisticado.

Ingredientes e preparo original

Na versão clássica, o Wellington começa com um filé mignon selado rapidamente para manter os sucos. Depois, é coberto com uma duxelles (uma pasta de cogumelos finamente picados, salteados com ervas) e, em muitas receitas, uma camada de foie gras. Tudo isso é embrulhado em massa folhada, pincelado com ovo batido e levado ao forno até dourar.

O corte revela o interior rosado da carne e as camadas que garantem o contraste entre o recheio suculento e o exterior crocante.

Receita tradicional do Bife Wellington

Ingredientes
• 1 peça de filé mignon (aprox. 800g a 1 kg), limpa e sem gordura
• 250g de cogumelos (champignon de Paris, portobello ou mix), bem picados
• 100g de presunto cru (parma ou jamón)
• 2 colheres (sopa) de mostarda dijon
• 1 rolo de massa folhada pronta
• 1 gema de ovo para pincelar
• Sal, pimenta e azeite a gosto
• Opcional: uma camada fina de patê de foie gras para um toque mais clássico

Modo de preparo
1 Selar a carne
Tempere o filé com sal e pimenta. Aqueça bem uma frigideira com azeite e sele todos os lados rapidamente, inclusive as pontas, para manter os sucos dentro. Retire do fogo e pincele com a mostarda. Reserve e deixe esfriar.

2 Fazer a duxelles de cogumelos
Pique os cogumelos no processador (ou bem fininho na faca) e refogue em uma frigideira seca até evaporar toda a água, formando uma pasta grossa. Tempere com sal e pimenta e deixe esfriar.

3 Montagem com presunto
Sobre um filme plástico, coloque as fatias de presunto sobrepostas, formando um retângulo. Espalhe a duxelles por cima. Coloque o filé no centro e, com a ajuda do plástico, enrole apertando bem, formando um cilindro. Leve à geladeira por 15 a 20 minutos para firmar.

4 Fechar a massa folhada
Abra a massa folhada, retire o plástico do filé e coloque no centro. Enrole e feche bem, vedando todas as bordas. Coloque com a emenda para baixo em uma assadeira.

5 Pincelar e assar
Pincele a massa com a gema batida. Faça pequenos cortes superficiais para decoração e ajudar a sair o vapor. Asse em forno preaquecido a 200?°C por cerca de 25 a 30 minutos, até ficar bem dourado.

6 Descansar e servir
Deixe o Wellington descansar por uns 5 minutos antes de cortar, para não perder os sucos.

Outras versões
O Wellington é tão icônico que acabou ganhando adaptações no mundo todo. Pode ser preparado com cordeiro, peixes ou até versões vegetarianas, usando legumes assados ou cogumelos maiores no lugar da carne. Assim, mantém o espírito do prato — as camadas e o contraste entre interior úmido e exterior crocante — mas muda sabores e surpreende no resultado.

Onde provar em Curitiba

Para quem prefere apenas aproveitar o prato pronto, o restaurante Saza Cozinha, em Curitiba, serve uma versão especial do Wellington. No lugar do filé mignon, o chef Willian Peters criou um Salmão Wellington, que combina peixe envolto em jamón, nori em pó, panqueca de espinafre e massa folhada de croissant. O prato ainda acompanha beurre blanc (molho francês à base de manteiga, cebolas e vinho) e purê de cenouras caramelizadas.

É um dos pedidos mais frequentes do restaurante, que fica em Curitiba (PR) e tem Willian à frente — chef que ganhou destaque nacional ao ser finalista do MasterChef Profissionais em 2018. Uma forma prática (e deliciosa) de provar o clássico em nova roupagem.