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A sétima arte traduzida em espaços

Onde: Curitiba • 24 de Agosto - 2018 | Fotos Marco Antonio

Edição Décor + Cinema da Mostra Artefacto Curitiba traz livings, quartos, cozinhas e mais 20 espaços inspirados em clássicos do cinema, assinados por 28 profissionais renomados

O espaço Sonhos, de Javier Godino, inspirado no filme de Akira Kurosawa

Cinema e arquitetura andam juntos. A partir do dia 27, o público poderá conferir 20 espaços inspirados em grandes filmes, que vão desde clássicos como “O Carteiro e o Poeta” até recentes blockbusters, como “Missão Impossível: Protocolo Fantasma” e “The Post”.

 

CONFIRA TODOS OS ESPAÇOS

 

Ana Letícia Virmond - Lawrence da Arábia

Uma tenda contemporânea”, assim é o espaço de Ana Letícia Virmond na Mostra. Inspirado na estética oriental do filme, a arquiteta usou cores e texturas que fazer referência ao deserto, porém com estética mais atual. Cactus, painéis de madeira e mármore Branco Paraná marcam presença no espaço, inundado por luz natural.

 

 

André Bertoluci – Wes Anderson

Inspirado não em um filme, mas em um diretor, o espaço de André Bertoluci reproduz a estética colorida e detalhada, com fotografia impecável, dos filmes de Wes Anderson ( “O Grande Hotel Budapeste” e “Os excêntricos Tenenbaums”).

 

 

Angela Chinasso e Andrea Santos – Sob o Sol da Toscana

As paisagens verdejantes da Toscana, na Itália, inspiraram o espaço de Angela Chinasso. Candelabros com vegetação entrelaçada, sofás em tom verde-água e pérgola de madeira, além de uma charmosa lareira de tijolos, são os destaques do espaço.

 

 

Anna Letycia Loyola – Bonequinha de Luxo

“Breakfast at Tiffany’s” – ou “café-da-manhã na Tiffany’s”, em tradução livre – é o nome original do icônico filme Bonequinha de Luxo, estrelado por Audrey Hepburn. O filme conta a história de Holly, uma jovem com sonhos de grandeza que busca, à todo custo, atingir o sucesso por conta própria. Anna conta que o espaço representa como seria o apartamento de Holly após a personagem tornar-se bem-sucedida. O sofá arredondado, com pernas retrô, faz referência à banheira que Holly utilizava como assento. O armário da Ornare, todo transparente com molduras rose gold, imita uma vitrine e caixas da Tiffany’s marcam presença em vários cantinhos do ambiente.

 

Caroline Andrusko – Grace de Mônaco

Roupas, joias e a personalidade real da atriz Grace Kelly inspiraram a arquiteta Caroline Andrusko a criar um espaço delicado. “As obras de arte são delicadas, assim como o mobiliário. Nada rouba a atenção no espaço. É algo muito sofisticado e ao mesmo tempo discreto, assim como Grace Kelly”, conta a profissional.

 

 

Cymara e Camila Ebrahim Largura e Jacy Ebrahim – Coco antes de Chanel

O living criado pelo trio de profissionais mostra um espaço onde a famosa estilista Coco Chanel receberia amigos íntimos. Todos os objetos e detalhes fazem alusão ao mundo fashion, desde os tecidos – que lembram terninhos Chanel – até a palha austríaca, que forrava as cadeiras dos desfiles disputados da marca nos anos 50. 

 

 

Daniele Viesser Valente – Invasão de Privacidade

Poder, política e masculinidade são retratados no espaço de Daniele Viesser Valente com maestria. “Essa questão do filme, de nos fazer pensar sobre a facilidade com que as informações – e as nossas vidas – podem ser manipuladas na internet, é uma temática bem atual”, conta. Painéis ripados e prateleiras em laca metalizada, com iluminação indireta, são realçados por pontos de cor páprica nas almofadas. Em uma das paredes, um quadro com mãos e fios, da Moldura Minuto, representando a manipulação de informações. 

 

 

Elaine Zanon e Claudia Machado – Casablanca

Inspirado na temática marroquina, o espaço assinado por Elaine Zanon e Claudia Machado é uma releitura da estética trabalhada pelo filme Casablanca, em preto e branco. Para manter a linha monocromática, o ambiente ganhou painel em aço inox dourado, com estrutura cortada a laser e pintura e acabamento manual. Esse mesmo acabamento aparece em detalhes do mobiliário e luminárias que, apresentados com tecidos monocromáticos de texturas variadas, criam um movimento sutil. A base em mármore branco, bege e cinza, cheio de veios é combinada com tons mais fechados de camurça no papel de parede e tecidos da roupa de cama.

 

 

Eliza Schuchovski – Comer, Rezar, Amar

“Comer, rezar e amar” é  um best-seller que virou blockbuster. Após uma desilusão amorosa, a protagonista resolve viajar pelo mundo e faz paradas na Itália (comer), na Índia (rezar) e em Bali (amar). No filme, a atriz Julia Roberts chega à Bali para descobrir o amor e foi nessa parte do enredo que me inspirei para criar esse espaço”, conta Eliza. O destaque é a paleta de cores onde impera o verde, conhaque e tons de cinza, com mobiliário em fibra e madeira natural, além de estruturas em aço e dourado. “Também me inspirei em algumas tendências de Milão, como os elementos paramétricos”, relata a arquiteta. O ambiente conta até com um banheiro ao ar-livre, para reforçar ainda mais o contato com a natureza.  

 

 

Gisele Busmayer e Carolina Reis – Sete Dias com Marilyn

A sensualidade das curvas do corpo humano serviram de pano de fundo para o projeto de Gisele Busmayer e Carolina Reis: “As formas orgânicas do mobiliário representam essa personalidade intensa versus a fragilidade da nossa personagem”, contam. O quarto com home office e sala de TV traz paleta com tons cobre, rosa e menta.

 

 

Jacqueline Zeni e Bianca Yumi - 007 - Operação Skyfall

Masculino e cosmopolita, o living de Jacqueline Zeni e Bianca Yume reflete a personalidade do personagem de ação mais famoso de todos os tempos: James Bond. O ambiente trabalha com cores escuras, couro, camurça, instalação de Marilene Ropelato no teto e parte da parede, além de um carrinho de bar, fazendo referência à bebida favorita do personagem, o Dry Martini.

 

 

Javier Godino – Sonhos (Akira Kurosawa)

Uma recente viagem ao Japão inspirou Javier Godino a criar um espaço etéreo: “São oito pequenas histórias, que trazem muito da cultura japonesa e suas peculiaridades. Eles respeitam as tradições e o passado e são, ao mesmo tempo, atuais e futuristas”, conta o arquiteto. O ambiente conta com mais de 2000 origamis (Tsurus) suspensos por um fio de nylon e presos ao teto, além de uma árvore branca que não toca o chão, em clara alusão ao nome do filme “Sonhos”.

 

 

Jayme Bernardo e Glei Tomazi – O Carteiro e o Poeta

Inspirado nas paisagens do sul da Itália, de onde também descende a família de Jayme Bernardo, o living faz alusões sutis à temática do filme, como as maletas de couro e a bicicleta em uma das extremidades do espaço. Jayme e Glei Tomazi escolheram acabamentos claros, quase brancos, além de uma decoração sóbria e uma seleção caprichada de objetos que completam o conceito. Um grande diferencial para este espaço é a integração com o paisagismo. “São três faces envidraçadas, abertas para o jardim. Fizemos, então, um painel com prateleiras para criar o efeito de pano de fundo e acomodar os objetos”, contam os profissionais.

 

 

Jocymara Nicolau e Andrea Posonski – Missão Impossível: Protocolo Fantasma

O loft assinado por Jocymara Nicolau e Andrea Posonski, da NP Arquitetura, traz a atmosfera do Hotel Armani, em Dubai. O teto com isolamento acústico combina com a proposta intimista da paleta de cores, em tons de cinza, fendi e branco. Uma única estante trabalhada com vazios e preenchidos ocupa uma das laterais. Sobre a mesa de jantar, dupla de pendentes Mantra, da Grey House Iluminação.

 

 

Juliana Meda – Como água para Chocolate

No espaço gourmet de Juliana Meda, inspirado no filme “Como água para chocolate”, as paredes foram trabalhadas com textura de cimento queimado em tonalidade puxada para o marrom, fazendo alusão ao chocolate e ao trabalho de temperagem. “Escolhi um filme kkntenso, que traduz o poder da comida na hora de revelar sentimentos”, conta a arquiteta. Juliana também traça um paralelo entre a gastronomia e o trabalho de um arquiteto, que se joga em um processo criativo, fluido e cheio de movimento, capaz de criar coisas diferentes e com sentimento. Destaque para a luminária da Dsgn Selo, que ocupa lugar de destaque no living. 

    

 

Margit Soares - O Diabo Veste Prada

Poderoso e cheio de personalidade: assim é o escritório inspirado na personagem Miranda Priestly, interpretada por Meryl Steep em “O Diabo veste Prada”. O escritório da editora e o living receberam peças de design elegante, em tons cinza e blush.  “Quando recebemos o tema da edição, defini o filme que inspiraria meu projeto de imediato. Muito além dos cenários e da fotografia, que eu adoro, a trama consegue delinear os perfis de duas mulheres absolutamente distintas (Miranda e Andrea Sachs, interpretada pela atriz Anne Hathaway), mas igualmente fortes e conscientes de seu poder de escolha”, diz Margit.

 

 

Priscilla Müller – Vicky Cristina Barcelona

A arquitetura espanhola e a fotografia do filme Vicky Cristina Barcelona serviu de inspiração para o espaço assinado por Priscilla Müller na Mostra. A arquiteta, que estudou em Barcelona, capital da Catalunha, removeu o forro de gesso existente, deixando à mostra a estrutura original – muito comum nas construções espanholas. O ambiente possui 110 m², boa iluminação natural e obras de arte garimpadas na galeria de arte Sergio Gonçalves. A arandela Barcelona, desenhada pela arquiteta e executada pela Dsgn Selo Ligh Lab fica suspensa por dois cabos de aço, sobre a mesa de jantar. 

 

 

 

Samara Barbosa – The Post

A liberdade de imprensa e o empoderamento feminino, temáticas abordadas no filme estrelado por Tom Hanks e Meryl Streep, serviram de inspiração para o projeto de Samara Barbosa. O living de quase 50 m² é predominantemente branco, com piso e paredes em mármore Branco Paraná Calacata Ouro. Duas obras de arte, executadas a partir da colagem de livros e jornais, ocupam lugar de destaque nas paredes.

 

Suelen Parizotto – Sex and The City

Nada de Carrie Bradshaw. A estrela do espaço assinado por Suelen Parizotto é Mr. Big, o protagonista masculino da série de TV que virou filme. “Minha inspiração remete a parte culta do enredo, com muito jazz, coleção de arte, relógios, bom gosto. Um espaço feito para um empresário culto e atemporal da grande Nova York”, conta Suelen. A marcante presença feminina do filme foi representada através de duas esculturas cheias de curvas, colocadas em nichos iluminados.

 

 

 

Viviane Loyola – Meia Noite em Paris

O contraste entre o novo e o antigo, temática do filme “Meia-noite em Paris”, inspirou o projeto de Viviane Loyola. A época antiga é retratada no painel de mármore travertino e em tecidos nobres. O contraponto moderno fica explícito no mobiliário solto e na marcenaria com linhas retas. O resultado é um espaço integrado – quarto e sala de jantar – próprio para as necessidades dos dias atuais.

 

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