Qual vidro escolher no projeto?
Onde: • 25 de Agosto - 2025 |Mais do que acabamento, o vidro hoje é componente estrutural para eficiência energética e conforto nas construções.
Qual vidro escolher para o projeto arquitetônico?
Essa é uma pergunta que vai muito além da estética. O material, antes associado apenas à transparência e ao design, hoje tem impacto direto no desempenho energético, no conforto térmico e até na preservação de móveis e acabamentos internos. Estudos técnicos mostram que a escolha adequada pode reduzir em até 30% o consumo de energia em edifícios e residências.
“O vidro precisa ser considerado desde o início do projeto arquitetônico. Ele não é mais um detalhe de acabamento, é um componente estrutural do desempenho energético da construção”, afirma a engenheira civil e especialista em sustentabilidade, Iza Valadão.
Do residencial ao corporativo, as opções disponíveis variam do uso mais simples ao mais tecnológico. Há vidros que reduzem calor sem escurecer os ambientes, outros que controlam a temperatura interna, versões que aumentam o isolamento acústico e até aqueles que mudam de transparência de acordo com a necessidade.
Como funciona cada tipo de vidro
• Vidro de controle solar – filtra a radiação solar e diminui o calor interno, mantendo a luminosidade natural dos ambientes.
• Vidro Low-E (baixa emissividade) – possui uma camada especial que controla a troca de calor, ajudando a manter o ambiente fresco no verão e aquecido no inverno.
• Vidros insulados – compostos por duas ou mais lâminas separadas por uma câmara de ar, proporcionam conforto térmico e acústico superior.
• Vidros autolimpantes – recomendados para fachadas, claraboias e áreas externas de difícil acesso, possuem uma camada especial que reage à luz solar, decompõe a sujeira e facilita a limpeza quando chove. Isso reduz a necessidade de manutenção frequente e o uso de produtos químicos.
• Vidros com proteção UV – bloqueiam até 99% dos raios ultravioleta, ajudando a preservar móveis, tecidos e revestimentos internos.
• Smart glass (vidro inteligente) – altera sua transparência ao receber estímulo elétrico, passando de claro a opaco em segundos. É indicado para escritórios, salas de reunião, hospitais, hotéis e residências, permitindo flexibilidade de privacidade e integração sem o uso de cortinas ou persianas.
• Vidro fotovoltaico – transforma a luz solar em energia elétrica sem perder a transparência. Vai além dos telhados: pode ser aplicado em fachadas de edifícios, brises, claraboias, coberturas residenciais e até em pérgolas e guarda-corpos, unindo sustentabilidade e estética.
• Vidros com sensores integrados – utilizados em projetos de automação e segurança, podem detectar chuva, impactos ou variações ambientais. São aplicados em edifícios corporativos, residenciais inteligentes e espaços públicos, acionando janelas automáticas ou sistemas de alarme.
A indústria vidreira brasileira acompanha essa evolução. A Cebrace, referência nacional, apresenta linhas como Cool Lite e Reflecta, voltadas para edificações comerciais, além da Habitat by Cebrace, voltada ao segmento residencial. Além das soluções em vidro, a empresa investe em práticas sustentáveis: uso de biogás, frota elétrica, reaproveitamento de água e logística reversa em toda a cadeia produtiva.
Todas essas inovações estarão em destaque na Glass South America, principal feira do setor vidreiro da América Latina, que acontece de 3 a 6 de setembro, no Distrito Anhembi, em São Paulo. O evento reunirá fabricantes, arquitetos e designers para apresentar as novidades que estão redefinindo o papel do vidro na construção civil.
Serviço
Glass South America
03 a 06 de setembro
Distrito Anhembi – São Paulo
home.glassexpo.com.br
Casa Sul 26 anos. Memória viva da arquitetura. Inspiração para o futuro.