*A coluna abaixo é de autoria de Dani Carazzai e foi publicada na edição 106 da Revista Casa Sul

Foi lá na infância que, ainda sem intenção, a Origamme nasceu. Naquele tempo, Guilherme apenas brincava com papel por influência e incentivo de uma família composta por arquitetas e artistas. O interesse pelo origami - a técnica japonesa de dobraduras - foi despertada por um kit para iniciantes. “Desde então, tenho deixado fluir esse interesse. Em alguns momentos como hobby, em outros como meditação, e um dia virou trabalho”, resume.

O que hoje parece natural não foi tão óbvio. Guilherme precisou passar pela faculdade (e pelo trabalho) de Engenharia Química para concretizar que sua paixão era mesmo o design. “Não adiantava forçar um caminho que não era meu”, explica.

Ele já recebia pequenos sinais de que suas dobraduras poderiam ser mais do que hobby. A ajuda para decorar a festa de um amigo, um outro pedindo peça para decorar a casa, até que foi convidado para participar do Manoo, uma feira bem descolada em Curitiba. “Foi aí que eu me rendi, criei a marca e conheci esse mundo onde me acolheram tão bem”, afirma.

Embora a técnica seja diferente do origami, paciência e precisão são características em comum. "Eu crio um modelo 3D no computador, planifico esse modelo todo e passo para o papel”. A modelagem é uma das suas paixões, embora seja a etapa mais demorada. Ele conta que a inspiração está relacionada “com o que eu acho que o mundo está precisando no momento”.

As primeiras peças foram os animais, depois vieram corações, bocas, barcos, filmes… até que ele sentiu a necessidade de evoluir para uma criação autoral mais orgânica. "Tem sido uma delícia de fazer, não tem tanta rigidez. Eu chamaria de uma geometria fluída - com mais movimento na peça”, explica. Parece mágica - e dá para pendurar na parede!

Onde encontrar
www.lojaorigamme.com.br | instagram: @lojaorigamme