“O início aconteceu antes dos trabalhos na laje da unidade – ainda em tempo de interferir na compartimentação dos espaços, detalhamento de esquadrias internas, banheiros e materialidade”, explica o profissional.

Com layout sem muitas paredes ou divisórias, os espaços são fluidos combinando sala de jantar, estar, sala de refeições e escritório.

Isto promove uma sensação de amplitude, permite a entrada generosa de luz natural e facilita a circulação, características que são marcantes na trajetória profissional do arquiteto.

Ao mobiliário contemporâneo e modernista brasileiro em madeira, cores neutras e materiais naturais, se opõem à poltrona Ribbon Chair vermelha de Pierre Paulin. “A organização assimétrica do mobiliário equilibra materialidades e proporções”, enfatiza Bertoldi. No piso, o tapete principal é aumentado com peles para um maior dinamismo e informalidade da composição.

As zonas de usos privativos e restritos, tais como quartos e serviços, foram separados das áreas sociais por espaços transitórios e porosos, como a sala de refeições diárias e o escritório, separados por reguados verticais em madeira, e vidro, quando necessário.

Nas áreas sociais, meias-paredes ou muros revestidos na mesma pedra cinza que reveste todo o apartamento, garantem um grau de privacidade e ao mesmo tempo a desejada fluidez espacial, conduzindo o olhar do usuário através dos percursos previstos.

O volume contendo o elevador e o lavabo, contrariamente ao restante do apartamento, é inteiramente revestido em marmorite verde multicolorido, incluindo portas e espaço interno.

No quarto das crianças pinturas em trompe-l’oeil, feitas por Sérgio Teixeira, individualizam os ambientes.

Ficha técnica:

ano de início do projeto 2020
ano de conclusão da obra 2022
área 372,35m²

Serviço:
@marcosbertoldi_arquitetos