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Escritório Incomum

Onde: Curitiba • 27 de Setembro - 2023 | Fotos Divulgação

O projeto dispensou a tradicional mesa de reuniões e trouxe ares de sala de estar para o ambiente corporativo

Um escritório de advocacia sem uma mesa de reuniões. A ideia, bastante incomum, foi apresentada ao arquiteto Felippe Comninos, à frente da Vale Arquitetura, pela cliente advogada, em busca de um escritório que fugisse do convencional. Para isso, o arquiteto decorou o espaço de 33m² com cores, formatos e angulações do mobiliário para um resultado divertido e personalizado. 

 

Totalmente integrado, o espaço exigiu uma reforma para substituir os dois banheiros preexistentes por outras áreas comuns - dentre eles uma copa. Segundo Felippe, o maior desafio foi projetar um espaço para reuniões sem a típica mesa destinada a esta função. “Optamos por um conceito mais despojado e aconchegante, como se fosse uma sala de estar de uma casa, para o cliente se sentir confortável durante as reuniões. O tapete no lounge é utilizado para aquecer o ambiente e o sofá em curva para deixar as pessoas mais próximas”, destacou.

 

O sofá curvo mantém os frequentadores levemente virados uns para os outros, assim como a cadeira giratória utilizada para o mesmo propósito. Já a poltrona fixa Shell, mais despojada, pode ser reclinada para garantir o máximo conforto durante as reuniões. A marcenaria, com armário em laca azul desenhado com a logo do escritório em baixo relevo, dialoga com a mesa de trabalho de madeira natural produzida por um amigo da advogada. A paleta de cores evidencia o azul e o dourado dos detalhes - parte da identidade visual do escritório - explicitando que o espaço foi pensado de maneira personalizada e especial para a cliente.

 

O projeto luminotécnico incluiu ideias comuns em projetos residenciais, combinadas às soluções necessárias em espaços corporatios. Na área de trabalho, o profissional optou por luminárias com uma iluminação direta e focal; já no lounge, modelos difusos e uma iluminação indireta foram a aposta.

Os objetos decorativos, por fim, possuem um significado especial para a cliente: “a espada pertencia ao falecido pai, as araucárias de madeira simbolizam a cidade de Curitiba e o ramo de atuação, o rádio antigo e a máquina de escrever pertencem à família há gerações, alguns outros objetos são herança e pertenceram ao irmão dela. A fotografia foi tirada por um amigo, os quadros foram pintados pela prima, os desenhos do Poty foram um presente de sua mãe e, por fim, a família esculpida veio da África, onde ela faz trabalho voluntário ajudando famílias em necessidade.” - esclareceu Felippe.

Dessa forma, o arquiteto conseguiu projetar neste ambiente, além de um espaço de trabalho, um lugar que conta a história da advogada em cada elemento e a mantém sempre próxima de sua família.