Em projeto: o futuro
Onde: Curitiba • 13 de Maio - 2019 | Fotos DivulgaçãoArquitetas e empresárias do ramo contam como é tomar conta dos filhos e de suas criações
Nem o exigente mundo da arquitetura e da decoração dá tanto trabalho e preocupação quanto ter um bebê. Imagine, então, como é a rotina dessas corajosas mulheres que dedicam suas vidas à paixão de criar, projetos e filhos, num dia a dia repleto de compromissos, mas também de coração bem quentinho e de sorriso no rosto.
Quem é mãe sabe – e quem é filho imagina – o gostinho agridoce que é se dedicar diariamente a outro ser vivo sem pedir nada em troca. As dificuldades vão se modificando: primeiro, a total dependência do bebê; depois, as inúmeras atividades extracurriculares que dependem do esforço dos pais de levar e buscar; e, mais adiante, as preocupações com a ausência dos filhos.
Mas, o que toda mãe acredita é que, mesmo a maternidade sendo outra profissão, tudo vale a pena ao ver o pequeno sorrindo.
Cobranças da maternidade
A proprietária da StilHaus, especializada em papeis de parede, Mariana Gaião, garante que a chegada da Olivia mudou seus hábitos drasticamente, mas que consegue manter a rotina profissional ativa com a ajuda da babá. “Minha filha acorda 5h30, e até às 8h seguimos juntinhas. É uma delícia mesmo que, por enquanto, eu não esteja mais conseguindo dormir mais de três horas seguidas”, declara a mãe da bebê de onze meses.
Ela diz que não sente culpa por não estar 24 horas por dia ao lado da pequena. “Nem sempre conseguimos estar em casa cedo, mas tudo bem, isso não nos faz menos mãe. O importante é passar um tempo de qualidade ao lado do seu filho, fazer atividades que os dois gostem juntos”, defende a empresária, que quando está com o nenê nem toca no celular. “Gosto disso, não me importo de abrir mão de alguns compromissos profissionais por minha família”, finaliza Mariana, que garante que se esforça ao máximo para manter seu desempenho e sua rotina agitada, do jeito que ama.
Esse sentimento de “ser boa o suficiente” assombra muitas mulheres, como sabemos. É o caso da arquiteta Samara Barbosa, mãe do Bernardo (7), e do Leonardo (5). Ela acredita que para ser uma boa profissional depois de mãe é preciso reduzir as horas de sono. “É uma cobrança 100% do tempo, lutamos contra essa expectativa de ser a profissional e a mãe ideais”, desabafa. A arquiteta aproveita as segundas, quartas e sextas para ficar com os pequenos pela manhã, já que nas terças e quintas eles vão mais cedo para a escola. Todos os dias, conta histórias para os filhos dormirem.
As delícias de ser mãe
Mesmo tendo grandes responsabilidades, a arquiteta Alessandra Gandolfi acredita que ser uma profissional autônoma ajuda muito a ter mais momentos em família. Mãe do Lorenzo (8) e Leonardo (5), ela adapta a agenda para poder fazer todas as refeições com os filhos, além de brincar com eles antes de dormir, com direito a uma sessão de “cineminha”. “Assistimos sempre cerca de um terço do filme por noite, tem alguns que já vimos mais de trinta vezes”, brinca a profissional. Nos finais de semana, o passeio na chácara está garantido, e é lá que será comemorado o Dia das Mães.
Mãe do Breno (10) e da Lorena (6), a arquiteta Andréa Benthien sinaliza que um dos melhores momentos em família é na cozinha. “Eles amam fazer bolo de chocolate comigo”, compartilha. Para curtir o tempo em família, eles passeiam, assistem filmes e brincam. “Não é nada fácil, preciso abdicar de eventos, viagens de fornecedores, reuniões fora de horário por eles, mas vale muito a pena acompanhar de perto”, defende.
Quase lá
Grávida de 35 semanas do seu primeiro filho, a arquiteta Caroline Andrusko está muito ansiosa para a chegada da Vitória. “É um momento muito mágico, é uma experiência única”, conta a profissional que comemora 15 anos de carreira. Desde que soube da gravidez, ela vem preparando sua equipe para atuar independentemente dela, pelo menos durante os dois primeiros meses após o parto. “Minha gravidez foi tranquila desde o começo, por isso pude manter minha rotina normal. Tenho me voltado mais à saúde, me preocupado mais com a minha dieta e horários”, detalha.
Já a arquiteta Juliana Marques está à espera do seu segundo filho, Thomas, que deve nascer em junho. Sua gravidez tem sido tranquila, como na do primogênito, Matheus (3), e garante que está muito feliz. “A ansiedade para ver o rostinho pela primeira vez é grande”, detalha a profissional que pretende ficar os primeiros dois meses de vida do bebê em casa. Quando retornar ao trabalho, seu plano é levar o mais novo para o escritório, que possui espaço preparado para recebê-lo.
Esforço em conjunto
Com o filho estudando em período integral, a arquiteta Roberta Lanza o leva e o traz da escola. Os dois gostam de passar o tempo juntos passeando em parques e shoppings, ou jogando e vendo filme. Por passar um longo tempo na escola, Enzo (6) cai no sono cedo, e Roberta pode aproveitar para terminar algum projeto ou ficar um pouco com o seu marido. “É desafiador, mas também muito gratificante. A maior dificuldade são os eventos fora do horário comercial, mas converso muito com o meu filho e ele entende que tenho outras responsabilidades”, finaliza.
Ambas com os dias atribulados, a arquiteta Clarice Volpi e sua filha Mariana (11) conseguem fazer a rotina dar certo devido à proximidade. A pré-adolescente se dedica às aulas de canto e piano, inglês, vôlei e hip hop, e depende que a mãe a leve para os lugares. O que facilita é que o escritório, a casa e a escola estão localizados no mesmo bairro, e que a avó também ajuda nesse leva-e-traz. “As atividades dela são prioridade na minha agenda, e então completo com os meus compromissos profissionais. Sempre consigo conciliar”, detalha. O Dia das Mães delas foi na casa da avó, com as três filhas e as netas, uma reunião de mulheres.