Em um tradicional bairro de Belo Horizonte, carregado de histórias e valores, a Casa Floresta é a união entre passado e presente, o antigo e o novo, uma edificação outrora esquecida, ressurgindo com novos moradores em meio ao bairro Floresta.

Inicialmente, os proprietários haviam optado por demolir o imóvel para então construir uma casa que atendesse os conceitos que desejam ter de contemporaneidade, tendo o concreto e a madeira aparente como elementos de destaque. Após muita conversa com os profissionais do escritório de arquitetura Estúdio Zargos, que explicaram a possibilidade de manter na frente o imóvel antigo - sem perda de período da história arquitetônica da cidade – e no terreno dos fundos a criação de uma obra contemporânea no mesmo local, é que foi dado o início do projeto.

Um dos últimos redutos da capital mineira que, sem perder a elegância e a sofisticação, traz o passado ao presente, edificações centenárias vestidas de jovialidade: esse é o presente e será o futuro. Traços antigos juntos a materiais novos, a contemporaneidade não está no volume do edifício, mas no ressignificar.

Em sua grande maioria, a estrutura da casa original foi mantida; apenas algumas paredes de subdivisões foram demolidas, bem como as paredes da fachada dos fundos, à qual o novo anexo foi acoplado. A área nova é discretamente mais baixa que a casa original, ficando assim oculta de quem passa na rua.

Segundo Zardos Rodrigues, arquiteto do Estúdio Zargos “o projeto transita entre a preservação dos valores volumétricos e austeridade dos materiais contemporâneos. O primeiro desafio foi reverter a demanda inicial de demolir completamente a edificação existente, pois as formas e proporções originais desse projeto atravessam décadas e nos contam a história de uma cidade acolhedora e receptiva, assim como o bairro, sem perder de vista o objetivo principal, tornar a Casa Floresta muito mais do que uma casa, um lar.”, afirma.

Acima, a vista tida a partir da área de circulação do andar superior, em direção à escada que dá acesso ao espaço externo, a qual marca a divisão entre a porção antiga e a porção contemporânea da casa.

A materialidade de todo o projeto consiste em concreto aparente, madeira e granilite em alguns pisos, materiais naturais e puros que conferem sobriedade aos ambientes, explorando a dualidade entre o simples e o sofisticado.

DETALHES
Tamanho do projeto: 330m²
Tamanho do terreno: 360m²

Arquitetura: Zargos Rodrigues, Rodrigo Pereira, Frederico Rodrigues, Ika Okamoto, Carla Deltreggia, Letícia Armond, Nathalia Melo e Laís Parreiras
Consultoria de patrimônio histórico: Nattalia Bom Conselho e Lorena Nilzete
Paisagismo: Rodrigo Pereira
Construção: Amarildo Felipe, Alexandre Bringhenti, Rubens Barcelos e Luciana Bringhenti
Consultoria civil: Qualis engenharia
Estrutura: Moa engenharia
Instalações prediais: Alexandre Bringhenti e Rubens Barcelos

Serviço
Estúdio Zargos
www.zargos.com.br
Belo Horizonte, Brazil
@estudio.zargos