O carnaval brasileiro é reconhecido internacionalmente pela beleza e complexidade das fantasias e carros alegóricos das escolas de samba. Com valores que chegam a cem mil reais, as alegorias são montadas sobre chassis de caminhões ou ônibus e podem medir mais de oitenta metros. Para garantir a segurança destas estruturas o Governo Federal determinou, há alguns anos, que o Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia- é o órgão responsável por averiguar e autorizar (ou não) a liberação das estruturas.

Carro Alegórico da Mangueira - foto:divulgação


Além dos carros alegóricos, os motores e o funcionamento dos veículos que trafegam na avenida precisam de documentos atestando sua segurança ,alvará de liberação pelo Corpo de Bombeiros e as ARTs – anotação de responsabilidade técnica – de cada especialista contratado. Engenheiros civis, mecânicos, eletricistas e arquitetos devem formalmente apresentar pareceres técnicos às escolas de samba, que então repassam todas as informações à fiscalização.

Um engenheiro especializado em estrutura metálica, por exemplo, precisa prever o peso da estrutura, ações de frenagem e aceleração, enquanto a iluminação do carro alegórico também deve ser projetada por um profissional especializado. Efeitos técnicos, movimentos e luzes são abastecidas por um gerador diesel com potência de 55 mil watts (o equivalente a 29 aparelhos de ar-condicionado ligados ao mesmo tempo) e controlados por computador.

Outras alegorias, como braços, asas, cabeças, são movidas manualmente por pessoas escondidas nas estruturas - algo que muitas escolas preferem uma vez que as engenhocas motorizadas podem falhar. A tração dos carros também é manual: haja fôlego e força para empurrar e manobrar os carros pesando perto de 10 toneladas durante os 90 minutos de desfile!